CULTURA e HISTÓRIA!

 

Exposição sobre o período da pré-história ficará à mostra na Universidade de Brasília (UnB)

 

 

Com a ajuda da tecnologia atual, é possível desvendar a pré-história. Uma reconstituição em 3D – de um crânio coletado pelo arqueólogo João Alfredo Rohr em Florianópolis (SC) - apresenta como seria o rosto de um homem de ascendência asiática, daquela época, com idade aproximada de 30 anos. A representação do crânio é uma das imagens que fazem parte da exposição Arqueologia e Habitantes da Pré-História, organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com o Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB). A abertura da mostra sobre a diversidade cultural na pré-história, no Brasil, ocorreu, na segunda-feira, dia 17 de junho, no campus da universidade. 

 

A exposição está estruturada em dois módulos temáticos. O primeiro módulo aborda elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal (DF) que evidenciam a ocupação milenar do território. Apresenta artefatos de pedra dos caçadores e coletores da tradição Itaparica, fabricados há mais de 8,4 mil anos e usados na caça de animais. O material também resgata parte da história de sociedades de agricultores ceramistas que chegaram ao território da capital por volta do século X. As peças cerâmicas foram coletadas em pesquisas arqueológicas realizadas na região entre 1992 e 1995 pelos arqueólogos Eurico T. Miller e Paulo Jobim e os artefatos líticos (pedras) pelo arqueólogo Edilson Teixeira, em 2016.

 

Já o segundo módulo traz peças arqueológicas coletadas no Estado de Santa Catarina pelo arqueólogo e Padre João Alfredo Rohr. Entre elas, estão objetos de antigos habitantes da costa e dointerior, os sambaquieiros e os caçadores e coletores da Tradição Umbu. O material inclui artefatos de pedra, osso e cerâmicas, utilizados para pescar, caçar, fazer outros instrumentos, preparar alimentos e corantes, além de adornos utilizados para enfeitar as pessoas. As peças em exposição formam parte da Coleção Padre João Alfredo Rohr, tombada pelo estado de Santa Catarina em 1984. Dois anos depois, foi a vez do Iphan reconhecer esse material, com a inscrição no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

 

 

Acervo pré-histórico

 

As 173 peças do acervo foram identificadas durante pesquisas realizadas pelo Padre João Alfredo Rohr em sítios arqueológicos nos municípios de Florianópolis, Balneário de Camboriú, Jaguaruna, Laguna, Itapiranga e Urubici, em Santa Catarina. O material foi associado a ocupações iniciadas há aproximadamente 12 mil anos A.P (Antes do presente) no litoral e interior do Estado por grupos de caçadores-coletores (cultura altoparanaense), de grupos de pescadores-caçadores-coletores (construtores de sambaquis), grupos agricultores vinculados às tradições Tupi-Guarani e Itararé-Taquara e do povo Jê (Xokleng e Kaiangang). Consta ainda uma peça, sem identificação de origem, possivelmente do Rio Grande do Sul, e algumas peças coletadas na Ilha de Marajó (PA).

 

Em 1977 e 1981 o arqueólogo Padre João Alfredo Rohr fez a doação de todo esse material para o Museu da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília. A intermediação da doação das peças foi realizada pela Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal (DPF), em Santa Catarina, visando a formação de Delegados Federais, Peritos Criminais e Agentes da Polícia Federal.

 

Quando ocorreu o tombamento da Coleção Rohr, as peças já estavam depositadas e em exposição no Museu do Homem do Sambaqui e Colégio Catarinense, em Florianópolis/SC, no Museu Arqueológico e Oceanográfico, em Balneário de Camboriú/SC (atual Museu Arqueológico/Museu Gert Hering – Complexo Ambiental Cyro Gevaerd) e no Museu da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília.

 

Em 2016, o Iphan-DF encaminhou as peças da Reserva Técnica do Museu da Academia Nacional da Polícia Federal. Depois, em 2019, elas foram transferidas para o Museu de Geociências da Universidade de Brasília.

Fonte: Site IPHAN: portal.iphan.gov.br

 

Serviço:
Exposição Arqueologia e Habitantes da Pré-História

Local: Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB) – Campus Darcy Ribeiro – ICC – Ala Centro – Sala AT 276/18.
Horário de visitação: De segunda à sexta de 9h30 às 17h até o dia 10 de setembro de 2020.
Agendamento de visitas: (61) 3107-7002

 

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